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Este espaço pretende contar a história do Refúgio no Xisto, um antigo palheiro reconvertido em casa de férias, na aldeia do xisto do Candal - Serra da Lousã
A época da brama é muito especial, ouve-se "o bramido dos veados", por toda a serra. É um som incrível e inesquecível.
É em Setembro que se dá o momento de união, para estes bichos, que ocupam lugares distintos no território a maior parte do ano, juntando-se apenas entre Setembro e Novembro, para o acasalamento. Os machos constituem grupos maiores, ao passo que as veadas, ou veado-fêmea formam grupos matriarcais, normalmente constituídos pela fêmea adulta, filha e neta.
Tudo começa com a corte às fêmeas. Os machos emitem bramidos fortes e destemidos, para atrair as fêmeas e afastar os veados rivais.
Para além dos bramidos, os veados também “lutam” entre si, com as suas hastes, para mostrar qual o macho dominante que pode acasalar com maior número de fêmeas.
Quando os animais entram nestes duelos, os machos vocalizam um som, muito vigoroso. Estas lutas, começam lado a lado, mas depressa entrelaçam as suas hastes, como que a uma armadura, para medir forças.
São as hastes que tornam estes animais “misteriosos”. Aliadas ao seu corpo altivo e esguio, fazem parecer animais do imaginário quando surgem entre a vegetação confundindo se com ela.
Estas, formações ósseas caem findo o período de acasalamento, voltando a crescer, maiores e com maior número de ramificações, na altura da primavera.
Este é o maior mamífero que vive na serra da Lousã, onde foram reintroduzidos entre 1995 e 1999, os machos podem atingir os 250 kg e as fêmeas 150kg. Actualmente a população nesta serra é cerca de 800 indivíduos.
Os melhores períodos para os avistar, são o final do dia, ou de madrugada, até 1 a 2 horas após o nascer do sol.
Paciência e silêncio são a palavra de ordem! estes animais não gostam da agitação. Se não tiver a sorte de os ver, pode sempre procurar pelas suas marcas, como pegadas, ninhos de folhas secas, trilhos no caminho por onde deambulam, ou mesmo rasgos nas árvores, feitos com as suas hastes.
Não se esqueça; respeite a natureza, respeite a serra da Lousã e os que nela habitam!
O Refúgio no Xisto é um antigo palheiro reconvertido em casa de fins-de-semana/férias. Inserido em plena Serra da Lousã, na aldeia do xisto do Candal. Oferece a todos os que o visitam a possibilidade de um contacto profundo com a natureza no seu estado mais puro.
O ambiente é relaxante e simples, aqui o tempo não é dono das vontades e a palavra de ordem é privacidade.
A aldeia do Candal à semelhança das outras aldeias do xisto, cresceu de forma irregular ao longo das ribeiras existentes, as casas são pequenas e estão encavalitadas, as ruas são estreitas e sinuosas, como que a fazer lembrar pequenos labirintos de xisto. È frequente perder-se nestas ruas e acabar por entrar em terreno “alheio”.
Sendo esta uma aldeia que cresce numa encosta, os socalcos são imagem de marca, erguidos com bravura e coragem pelos serranos que ali viveram, para segurar a preciosa “terra”, que lhes permitia levar a cabo uma agricultura difícil. É num destes socalcos, agora transformado em pequeno terraço, que pode desfrutar de uma vista magnífica, para a Serra da Lousã e restante aldeia. Aqui não pode perder o momento onde o sol se esconde por detrás das montanhas, sendo esta a última casa despedir-se dele, poderá gozar de uns momentos só seus.
Neste refúgio sentimo-nos totalmente inseridos no ambiente serrano, as visitas dos veados, javalis e esquilos são constantes, mas não tenha medo! Estes animais apesar de muito dóceis, são bastante esguios, deixam-se avistar mas não gostam de se aproximar. Existe até o conhecido “veado do Candal”, um bicho já velho de hastes bem grandes e pêlo escuro, que anda sempre por ali sem se afastar muito.
Pernoitar nestas casas é reviver os tempos idos dos nossos antepassados, é sentir um património arquitectónico com anos de história. Apesar das limitações destas habitações estamos equipados com o necessário, para que passe uns dias tranquilos, com o maior conforto. A habitação é composta por dois pisos, sendo no piso inferior a casa de banho e cozinha, esta composta por cilindro para aquecimento de água, mini - frigorifico, micro-ondas, fogão de dois bicos e fogão a lenha, para os dias frios. O piso superior é uma divisão ampla que funciona como quarto/sala, apresenta uma cama de casal e um sofá – cama. A ligação interior é feita por uma escada em caracol, assente na rocha de xisto que já existia.
Quando nos visitar no Inverno, não pode deixar de vir equipado para o frio ou até neve, as temperaturas variam entre os 9º e 11º. No verão não pode perder os banhos de cascata ou nos ribeiros e piscinas naturais de águas límpidas e frescas, só assim se refresca porque os verões são quentes.
Contactos:
telemóvel: 91 930 35 85